Crítica: Eu Não Faço a Menor Ideia do que Eu Tô Fazendo Com a Minha Vida
“Eu Não Faço a Menor Ideia do que Eu Tô Fazendo Com a Minha Vida” é um filme nacional que mostra um pouco da incerteza da vida.
Clara faz um vídeo para concorrer ao BBB, mas seu destaque é sua falta de personalidade. Em sua defesa, ela diz que assim pode assumir qualquer papel dentro da casa. Universitária, ela está no início do curso de medicina que é, claramente, o negócio da família. Entretanto, logo no primeiro dia ela falta e acaba conhecendo Guilherme. Ele, por sua vez, trabalha na pista de boliche do pai e começa a pensar junto de Clara sobre o que ela realmente gostaria de fazer. Assim, ao longo do filme, ela vai se descobrindo em outras áreas enquanto atua, indiretamente, ajudando os membros de sua família como pode.
A falta de personalidade de Clara também está no filme. É bem difícil de entender se o filme tenta fazer uma crítica social, se tenta propor uma reflexão, se é um drama ou uma comédia. Dado sua data de lançamento, podemos até dizer que a proposta era válida, contudo é um clássico exemplo de um filme que envelheceu mal.
A comédia não faz rir, com leves destaques. No drama, você não consegue se identificar com nenhum dos dois personagens principais. Na verdade, só ranço surge. A história ainda nem faz com que torcemos pela menina, pela sua família ou tão pouco pelo seu romance com o rapaz. Romance esse que até poderia ter um destaque já que ele é importante para as reflexões. Mas o casal só surge discutindo sobre as profissões, e quase nunca sobre eles mesmos.
“Eu Não Faço a Menor Ideia do que Eu Tô Fazendo Com a Minha Vida” deve ser também “Eu Não Faço a Menor Ideia do que Eu Tô Fazendo Com esse Filme”.