Crítica: Falcão e o Soldado Invernal
“Falcão e o Soldado Invernal” era a primeira das séries da Marvel, até sua troca com “WandaVision“. Mas certamente a troca teve um impacto positivo para a história e para o Disney+.
É verdade que a Marvel é uma das marcas mais fortes dentro do Disney+. Afinal, a série da Feiticeira Escarlate foi um pico de novas assinaturas, que só se supera depois do lançamento desta. Porém, o maior mérito da série, e também desse universo, é saber como adaptar conflitos reais à ficção e dar realidade aos fictícios. Afinal, quando será que podemos tratar de imigração usando como pano de fundo o desaparecimento, e depois o retorno, de 50% da população?
Mas além desse plot, temos também a questão do manto de Capitão América. Apesar de aparentemente resolvido pelo final de “Vingadores: End Game“, Sam sente o peso do manto e se questiona. Outro favorito para assumir a responsabilidade era Buck, o Soldado Invernal, mas seus traumas também faziam com que não se achasse digno. Na melhor das intenções, e ingenuidade absurda, Sam devolve o escudo ao Governo que nomeia John como “Capitão América”.
E esses são os ponto que fizeram a série se distanciar e criar seu próprio caminho. Desenvolvimento dos personagens, os três no caso: John recebe o manto por ser a imagem do americano ideal, até se desviar e reencontrar sua própria forma. Buck visita seus traumas e se sente livre para viver fora da sombra de seu passado. E Sam, ao reconhecer suas forças e ver também o que Steven viu nele.
“Falcão e o Soldado Invernal” também traz um time de vilões com uma luta válida e que, mesmo após sua derrota, seus ideais são passados adiante. Assim, a veracidade admira, pois não é branco ou preto, mas sim tons de cinza.
As series da Marvel estão em muito alto nível