Crítica: Fragmentado
“Fragmentado” é um suspense psicológico distribuído pela Universal que marca o retorno de M. Night Shyamalan ao terror!
M. Night Shyamalan é certamente marcado por seus altos e baixos. Grandes trabalhos como “O sexto sentido” e “Corpo fechado” demonstram o enorme potencial do cineasta, no entanto ao explorar novos ares, ” O último mestre do Ar” e “Depois da Terra” marcam sua grande queda de qualidade. “Fragmentado” chega para reafirmar o domínio do diretor sobre o gênero de terror/thriller, mesmo com pequenos problemas em seu roteiro.
Kevin é um homem que sofre de um transtorno que o faz assumir cerca de 20 personalidades diferentes, alterando mutuamente seu organismo. Uma de suas personalidades opta por raptar três adolescentes e aprisioná-las num porão. A partir disso, a busca incessante pela liberdade das garotas torna possível o conhecimento das faces das personalidades e suas reais intenções. James McAvoy assume, de forma maestra, o papel de dar vida para as personalidades, com um domínio completo e atuações sutis em cenas determinantes.
A fotografia e trilha sonora também são pontos muito relevantes já que corroboram com o sentimento de claustrofobia e agonia, visto que grande parte do filme se passa em um porão. Ainda assim a narrativa conta com pequenas facilidades do roteiro, como a enorme passividade das garotas em momentos determinantes ou a inteligência duvidosa da psicóloga, o que mesmo assim não prejudica a experiência.
“Fragmentado” definidamente prova o grande potencial de Shyamalan no gênero!