Crítica: Garota Diaba
“Garota Diaba” é uma animação do Star+, voltada para o público adulto, que traz a anti cristo lidando com o surgimento dos poderes e revelação dos segredos.
Crhissy vive com a mãe que se muda constantemente. Um dia, ao começar na nova escola tem sua primeira menstruação e junto dela, acaba abrindo um buraco no céu. Afinal, há também o despertar de seus poderes demoníacos. Logo em seguida, sua mãe conta que seu pai é Satanás, ela é uma bruxa que vive fugindo para manter sua localização oculta e que, agora, ele sabe onde estão e vai atrás delas. Entretanto, diferente do que a mãe esperava, Crhissy acaba abraçando esse lado e quer conhecer mais seu pai.
Vale sempre destacar, animação não é apenas para crianças. Logo, é natural que aqui temos uma quantidade exagerada de sangue, drogas e palavrões. Mas isso é estabelecido logo nos primeiros minutos, de supetão a série entrega toda a proposta e a partir disso, é uma série adulta que mostra o crescimento de uma adolescente com pais separados.
Dito isso, o público da animação se espanta ainda mais. Não há nada mais natural, hoje, que jovens que tem pais separados. Ou jovens adultos que cresceram com essa dinâmica familiar. O pai ausente, mas presente quando lhe convém. A mãe que tenta criar a criança sozinha enquanto não para de criticar o pai. Ou até os momentos em que os dois se encontram e, realmente, parece que estão brigando como se a proximidade deles é a causa do apocalipse. E, no meio desse caos, um adolescente que quer ser, bom, adolescente.
“Garota Diaba” talvez seja uma animação apenas porque Chrissy tem poderes. Afinal, fora isso, a série é tão real quanto um live action da Disney.