Crítica: Judas e o Messias Negro
“Judas e o Messias Negro” é um filme da Warner que teve seis indicações ao Oscar 2021, incluindo Melhor Filme e Melhor Roteiro Original.
O filme acompanha William, um homem que foi preso e fez um acordo com um agente do FBI para se livrar de uma longa pena. Sua missão é se infiltrar em um grupo de ativistas que chamou atenção das autoridades, para repassar informações, os Panteras Negras. Para isso, ele se liga aos poucos com Fred Hampton, o líder do grupo que pretende formar uma aliança com outros grupos ativistas, motivado pela brutalidade policial.
Dividindo o protagonismo, vemos ao mesmo tempo o líder em busca de algo não muito claro, e William, que sabe que defende os ideais do grupo, mas ao mesmo tempo deve repassar informações importantes do grupo ao FBI. Ambos os personagens são muito bem representados por seus atores, que tiveram indicações na categoria de Melhor Ator coadjuvante, o que é um pouco confuso.
Mas o destaque do filme é realmente a forma como o roteiro aborda esses temas sem que o espectador tenha um conhecimento histórico dos acontecimentos. Mesmo sem saber o que aconteceu na realidade, conseguimos entender os ideais e motivos dos grupos e, principalmente, suas dificuldades. Afinal, a história se passa no EUA durante a década de sessenta, quando o preconceito na sociedade, principalmente estadunidense, era muito presente.
Baseado em fatos reais, “Judas e o Messias Negro” apresenta uma trama envolvente, que aborda muito bem temas importantes!