Crítica: King’s Man – Círculo Dourado
“King’s Man – Círculo Dourado” marca o retorno aguardado da franquia da Fox, mas com outros nem um pouco satisfatórios.
Agora que temos um universo estabelecido, a cena de abertura mostra todos os fatores que fizeram do filme anterior um sucesso. O absurdo que você compra, os instrumentos mais inusitados, as coreografias exageradas e o humor. Contudo, o desafio da vez era manter o padrão e, quem sabe, expandir a trama. Para isso, temos uma eliminação abrupta de diversos suportes para que, de volta as origens, a agência se reconstrua.
A ameaça agora leva o grupo da Inglaterra para os Estados Unidos, onde uma agência irmã é encontrada, mas com algumas tradições distintas. Infelizmente, é aqui que o filme mostra um pouco que não será um avanço, mas sim um retrocesso. Afinal, uma das viradas mais significativas do anterior é desfeita, com um retorno que mostrou claramente o arrependimento pela escolha feita anteriormente.
Há também um outro retorno, dentre os vilões. Porém, a rivalidade não é significante ou surge uma redenção, fazendo dela um desperdício ou falta de criatividade para criar um capanga. Dito isso, em resumo, é decepcionante o caminho que o filme toma. A trama não é mais interessante e tão pouco te prende. Os personagens novos também não são tão carismáticos, por mais que o roteiro tente fazer com que sejam. E ainda, o filme tenta se valorizar com cenas de nostalgia, mas mostra que tais momentos são suportes vitais para que o espectador não perca seu interesse.
“King’s Man – Círculo Dourado” falha ao continuar e até mesmo em imitar sua própria receita.