Crítica: Kuroshitsuji
“Kuroshitsuji” é outro dos animes de sucesso que marca um retorno, fortalecendo ainda mais essa era da nostalgia nas animações japonesas.
Ciel é um jovem de 13 anos que perdeu toda sua família em um incêndio. Esse acontecimento faz com que ele assuma todo o peso do nome de sua família, não só socialmente, mas também todos os seus negócios. Acontece que a forma com que ele sobrevive ao incêndio é um tanto inusitada. Afinal, ele faz um pacto com um demônio para que, ao ficar vivo, busque desvendar os mistérios e ter sua vingança. Assim, Ciel contrata novos empregados, retorna para sua vida, mas seu mordomo é esse demônio que o serve até o contrato ser cumprido.
Não é errado deduzir que muito do apelo que a produção teve está na dinâmica de subserviência de Sebastian e Ciel. Para além disso, podemos também adicionar as cenas onde os dois personagens, e outros, agem quase como num romance. Mas para além disso, é uma trama que soube, até certo momento, equilibrar a parte “pé no chão” com o sobrenatural.
Contudo, o anime exala o tempo em que foi criado. Assistindo novamente, houve momentos que questionei minha memória, até mesmo pensando em como esse anime fez sucesso. Mas, como disso, é um exemplo de seu tempo. Em meio a sagas sobrenaturais na televisão e “Crepúsculo” nos cinemas, um mordomo demônio encantador é, sim, básico. Somamos então ao apelo, uma bela animação e uma trilha sonora ótima. Mas, em narrativa, básica e eficaz. O único, e maior problema, é como Sebastian se torna um artificio de roteiro fraco para os, supostos, desafios de Ciel.
“Kuroshitsuji” promete, agora, seguir a trama do manga, e se isso é bom, o tempo dirá.