Crítica: Labirinto do Medo
“Labirinto do Medo” é uma série da Netflix que tenta dar um ar de “Supernatural”. Mas falha no terror, história e investigações.
Com certeza parece injusta a comparação que fiz, mas muitos dos elementos de “Supernatural” estão presentes na série. Para ser justo, esse clima de um grupo que se reúne para investigar casos sobrenaturais e tem suas vidas são conectadas, não é novidade.
Will é um autor de vários livros sobrenaturais bem famosos, mas passa por um bloqueio. Kelly é uma blogueira, que acaba se envolvendo com um fantasma e procura Will para solucionar o problema, mais tarde ela se une ao grupo. O último integrante do trio é o ex-policial Joe, incrédulo e que resolve quase tudo atirando.
Já nos primeiros minutos dá para notar que a série não prende o espectador, e isso se repete por todos os outros episódios. A trama sobrenatural é interessante, mas as histórias pessoais de cada um deles é desperdiçada. Ironicamente, a única que se desenvolve em um ritmo natural é a de Joe, que deveria ser o alívio cômico. A história de Will é bastante presente, porém não cresce e fica estática até os últimos episódios. Já o mistério de Kelly, por mais importante que seja, é apagado até que, convenientemente, se mistura com o de Will.
“Labirinto do Medo” se sairia com maior sucesso e qualidade se tivesse sido pensado como um filme, mas já que foi feito assim, é bom ver a conclusão da história já na primeira temporada. Por mais triste que seja para quem gostou, não acho que vá ganhar uma continuação. Afinal, vimos muitas outras produções semelhantes, com apelo e qualidade maiores, que foram canceladas recentemente.
Interessante.