Crítica: Lockwood & Co
“Lockwood & Co” é uma série da Netflix que adapta uma coleção de livros de mesmo nome, mas o clima de desconfiança na plataforma pode prejudicar a produção.
Fantasmas e assombrações são reais e após “o problema” se tornaram mais frequentes. Por isso surgiram diversas agências especializadas em lidar com eles. Contudo, os únicos com dons para ver, sentir ou ouvir esses fantasmas, são as crianças e adolescentes. Apesar de nem todas as crianças terem esses dons, as que possuem vão perdendo enquanto envelhecem. Lucy demonstra um dom além do comum, mas após um incidente foge de casa. É quando encontra Lockwood e sua agência recém inaugurada. O trio fica completo com George, responsável pelas pesquisas.
É uma série adolescente, focada em adolescentes, mas com problemas mais adultos. A agência precisa pagar suas contas, salários e empréstimos. Além disso, em cada caso, há complicações que podem gerar burocracias para os jovens lidarem. Até por isso, mesmo a trama se focando de uma forma “inocente”, sentimos um pouco a seriedade.
Ao menos nessa temporada não há os triângulos amorosos clássicos de séries desse gênero. Não se engane, há flertes e uma intenção, mas é normal frente o costume. A estrutura de “trama semanal” é disfarçada pelo tempo que dedicam aos casos. Soma-se a isso a trama maior que vai se revelando, mas que por enquanto não há solução, visto que ao final ela apenas deixa mais pistas.
“Lockwood & Co” tem uma característica preocupante: ela é exatamente o tipo de série que a Netflix vem investindo. Mas para apenas uma temporada. Ter um sucesso leve, criar um grupo de fãs e ser cancelada, gerando a revolta deles.