Crítica: Me Tira da Mira
“Me Tira da Mira” é uma comédia nacional, mesclada com investigação policial, que é até agora, um dos melhores filmes do ano!
Roberta é uma dedicada policial da Polícia Civil. Seu pai é um dos chefes da Polícia Federal e conseguiu fazer com que seu ex trocasse de instituição, na esperança dela ir junto. Isso acontece pois sua mãe foi morta, fazendo que que ele se tornasse super protetor. Contudo, as histórias se mesclam quando, investigando um suicídio, ela encontra indícios de algo maior, mas devido a realidade, sofre machismo e seu chefe ordena que encerre o caso e tire uma licença. Determinada, Roberta assume a investigação de forma independente e esbarra em um caso de tráfico, o mesmo que seu ex estava trabalhando.
Por ser uma comédia nacional, temos muitos rostos que reconhecemos mais facilmente. Até mesmo a relação dos personagens de Fábio Jr. e Cleo Pires, sendo pai e filha, como a dele com o personagem de Fiuk, que rende uma das piores tentativas de piada do filme. Entretanto, o filme se sustenta como comédia, e não esquece da trama criminosa, sendo também ótimo na categoria de investigação, claro, dadas as devidas circunstâncias.
Mas se tem um personagem que “carrega o filme” é Natasha Ferrero, a atriz que se interna na clínica investigada após ser cancelada na Internet por conta de sua personalidade nada convencional. Toda cena de Julia Rabello é dela, roubando até o protagonismo. Suas atuações sobre atuação chegam a ser loucas demais, mas verdadeiras de uma intensidade incrível. Até os melhores comentários surgem das interações dela com o ambiente e sua agente.
“Me Tira da Mira” é repleto de bons personagens, com um humor bobo, mas que está longe dos besteiróis que temos mais comumente.