Crítica: Merli – Sapere Aude
“Merli – Sapere Aude” está disponível no Max e é meu mais novo exemplo de que, as vezes, é melhor aceitar que sua série chegou ao fim.
“Merli” termina com sua morte e vemos um futuro, sete anos para ser mais exato, onde temos o destino de seus alunos. Porém, o sucesso da série fez com que uma nova produção tivesse vida, e é aqui que o trem descarrilha feio. A escolha é seguir a história de Pol, que sabemos que irá se casar com Bruno e dar aulas de filosofia na sua antiga escola. Mas aqui, por enquanto, está entrando na faculdade. Durante as duas temporadas vemos seu amadurecimento, ou quase, mas certamente um pecado com a série original.
Bom, primeiro. Os novos personagens são interessantes. A dinâmica entre Pol e sua nova professora de Ética traz uma das melhores coisas da série, os debates. Contudo, além de Bruno e sua avó, não vemos quase nenhum dos personagens anteriores, com poucas menções. E isso na primeira temporada, na segunda piora.
Por questões de bastidores, Bruno sai da série. O ator defendeu que seu personagem devesse ter mais espaço, e faz sentido. Afinal, o título da série é o pai do personagem. Tudo bem ver Pol em outros relacionamentos, mas na segunda temporada apagam Bruno da existência. Apagam ao ponto dele sequer ser mencionado, mesmo com personagens que fariam parte de seu núcleo. E a proposta interessante de Pol, é quebrada. Afinal, seria Bruno a primeira pessoa que ele recorreria, e aqui não há mais ele.
“Merli – Sapere Aude” é uma série daquelas que é melhor ignorar. Aceite o final de “Merli“, veja se tiver curiosidade, mas ela não agrega em nada, pelo contrário até. Era só tentar fazer igual, parecia estar no caminho, é uma pena.