Crítica: Motorheads
“Motorheads” é a versão adolescente de “Velozes e Furiosos” que o Prime Vídeo tenta emplacar, mas encara opiniões mistas.
Buscando se reconectar com suas origens, Samantha volta para sua cidade natal com seus filhos Zac e Caitlyn. Nessa cidade do interior, a cultura das corridas é bem forte, seja qual for a modalidade, veículo ou tipo de terreno. Contudo, o pai dos filhos de Samantha é uma lenda, não apenas por nunca ter perdido, mas também por ter desaparecido após um grande assalto, no qual poucos sabiam que ele era o motorista. Em meio a esse mistério sobre seu desaparecimento, tanto os jovens quanto os adultos irão se deparar com coincidência e aventuras que ligam passado, presente e podem determinar alguns futuros.
Á válido dizer que a série se esforça, bastante. Tem um elenco de atores que, apesar de não estarem entre as maiores estrelas, já tiveram destaques e até protagonismos em outras séries e filmes. Mas, é incrível como todos não conseguem se destacar, apresentando o mínimo que seus personagens exigem. Desde os principais aos coadjuvantes, não há um em que nos apeguemos mais.
Talvez essa sensação esteja na falta de equilíbrio da trama. Hora temos muito dos adultos, depois dos jovens. Depois estamos na escola, depois em corridas ilegais e fábricas de desmonte. Hora estamos vendo crescer uma amizade, para logo depois irmos para um racha amoroso. Mas se a intenção é atrair jovens com paixão por carros, nisso não há como não reconhecer que a série se dedicou. No quesito das corridas e dos veículos, a variedade se destaca. Desde a montagem, mecânica e até as corridas em duas ou quatro rodas.
“Motorheads” quer ser um “Velozes e Furiosos” adolescentes, e assim como os filmes, para crescer, vai precisar abraçar e a galhofa.