Crítica: No Mundo da Luna
“No Mundo da Luna” é uma série nacional disponível na HBO Max, que traz essa dinâmica do jornalismo com o misticismo do horóscopo.
Luna sonha em ser jornalista, mas encontra dificuldades para entrar na área que deseja dentro de uma redação. Um dia a oportunidade surge, mas de uma forma diferente da que gostaria. A proposta é para ser a responsável pela previsão do horóscopo, algo bastante comum em qualquer veículo. Porém Luna tem raízes ciganas e ao procurar sua avó para ter dicas, ela descobre um baralho de tarô secreto e místico. Mesmo incrédula, Luna experimenta, mas se surpreende ao perceber que o baralho conversa com ela e suas previsões, apesar de nada diretas, sempre se realizarem.
É engraçado ver como a série acerta ao mostrar como o horóscopo é visto pelo jornalismo, e quase todas as outras áreas. Sempre há a dúvida da credibilidade e o humor sobre quem pratica, mas também a hipocrisia. Afinal, até mesmo em religiões que costumam abolir essa prática, são eles que fazem o mesmo quando também não recorrem as previsões. Desse forma, Luna não só demonstra como que profissionalmente aceitamos vagas menores almejando algo na mesma empresa, como também sua reação ao aprender mais sobre si mesma.
Uma coisa bem interessante aqui é como conseguiram fazer as tramas secundárias serem realmente secundárias. Os romances, amizades, problemas que giram entorno das previsões não sufocam a premissa de Luna e seu misticismo. O humor é bem dosado, apesar de que entendo que esse ponto pode ser maior em solo brasileiro do que para a internacionalização da série.
“No Mundo da Luna” deixa suas intenções de continuação explícitas e tomara que essa previsão também se torne uma realidade.