Crítica: Nossa Bandeira é a Morte
“Nossa Bandeira é a Morte” é uma comédia da HBO Max que conta a história de uma tripulação de piratas bem diferente.
Stede Bonnet é um aristocrata que vivia de acordo com os padrões da época. Bem menos masculino do que se exigia, ele foi obrigado a fazer inúmeras coisas pelo seu pai. Dentre elas, também temos seu casamento. Apesar de amar seus filhos, um dia ele decide sair para viver seu sonho e aventura de ser um pirata. Aos poucos, ele foi reunindo sua tripulação e agora ele é conhecido como “O Pirata Cavalheiro”. Contudo, nessa jornada eles se deparam com o famoso Barba Negra, e assim Stede vê que essa aventura será mais desafiadora.
A primeira temporada é uma grande introdução. Por ser uma tripulação, cada um deles tem seus laços explorados. Assim vemos um quase motim, segredos, relacionamentos e tramas que vão aos poucos estabelecendo o ambiente dentro do navio. Contudo, há também o mundo de fora que vai além de uma rixa com outros piratas ou risco da captura pela Marinha Inglesa.
O maior atrativo é a abordagem e desconstrução da imagem de “piratas” que temos. Sendo assim, o destaque está mesmo na relação entre O Pirata Cavalheiro e Barba Negra. Afinal, em essência são o oposto um do outro, mas em comum, demostram ter a mesma dificuldade para lidar com o social. Sendo assim, quando se encontram, buscam um no outro um equilíbrio. E, assim como esses dois opostos são tão naturais juntos, o seriado também aproveita para mostrar naturalidade para as mais diferentes formas de relação e ser.
“Nossa Bandeira é a Morte” começa extremamente devagar, mas nos episódios finais já deixa claro todo o universo e qual será o tom da produção.