Crítica: Novococaine – À Prova da Dor
John Wick que se cuide, pois parece que temos um concorrente à altura desta vez! É claro que estou brincando, mas essa é a sensação que “Novococaine – À Prova da Dor” traz para nós: um filme de ação com toques de comédia, bem no estilo de Trem-Bala ou O Dublê.
Diferente de um thriller de ação comum, Novocaine vai além. O grande diferencial é seu protagonista, um cara comum que simplesmente não sente dor. Essa condição gera situações interessantes e prende nossa atenção – como ele vai lidar com o perigo sem se preocupar com isso?
Se analisarmos friamente, é até curioso como ele sobrevive até o final, já que, realisticamente, deveria ter morrido nos primeiros cinco minutos da ação. Mas o roteiro, apesar de demorar um pouco para engrenar, é bem amarrado e faz tudo funcionar.
Se você gosta de filmes que misturam adrenalina com momentos de reflexão, este pode ser para você. Mas esteja preparado para cenas de violência gráfica e algumas previsibilidades no enredo.
Jack Quaid entrega um personagem que lembra um pouco o Hughie de The Boys – mas desta vez, com a coragem e a inteligência de Billy Butcher. Ele tem feito boas escolhas de papéis, mas ainda precisa se desvencilhar da sensação de que está interpretando sempre a si mesmo.
No fim das contas, “Novococaine – À Prova da Dor” é um filme divertido, insano e com potencial para virar uma franquia (ou não).
Texto original por Filipe Coelho, adaptação por Frednunes