Crítica: O Contador 2
“O Contador 2“, da Warner, chega quase dez anos após o filme original, trazendo de volta Ben Affleck como Christian Wolff, um contador autista e assassino de elite. Mas dessa vez, a trama gira em torno da investigação do assassinato de um velho conhecido, o que o leva a se reunir com seu irmão Braxton (Jon Bernthal).
A sequência aposta em mais ação e na química entre os irmãos. Trazendo momentos de humor ácido que funcionam bem e ajudam a equilibrar a tensão. As cenas de luta são mais diretas e impactantes, com foco em coreografias bem executadas em vez de tiroteios exagerados. Comparado ao primeiro filme, que tinha um tom mais dramático, este apresenta uma abordagem mais dinâmica e entretenimento direto.
No entanto, o filme tem seus tropeços. A forma como o autismo de Christian é retratado perde a sutileza, especialmente numa subtrama envolvendo uma clínica de autistas superdotados, com tecnologia futurista que acaba sendo pouco crível e confusa. Além disso, o excesso de personagens secundários atrapalha a coesão da narrativa. E o vilão da vez não tem a força ou a profundidade necessária para ser memorável.
Apesar das falhas, “O Contador 2” consegue entreter, expande o universo do primeiro filme e entrega boas cenas de ação. Para quem gostou do original, esta continuação deve agradar, mesmo sem alcançar o mesmo nível de complexidade ou emoção.
Texto original por Filipe Coelho, adaptação por Frednunes