Crítica: O Gambito da Rainha
“O Gambito da Rainha” é uma minissérie da Netflix que, certamente, é a responsável pela alta na busca sobre o Xadrez no Google.
O Xadrez é um jogo famoso, mas elitizado. Até mesmo em seus rankings mundiais, esse detalhe se nota junto com a maioria de homens no topo. Mesmo se passando na década de 60, o contraste da época se mistura com os momentos do dia de hoje. Diferente dos esportes com grandes públicos e torcidas, é de fato um reconhecimento da série a divulgação dele. Afinal, jogos de tabuleiro e estratégia passam longe de ser o interesse do grande público.
Beth Harmon é a protagonista que, desde pequena, mostra um talento natural para o jogo. Ainda mais interessante é ver que, mesmo talentosa, a série não esconde os momentos de estudo de Beth, ou seja, além da prática há o estudo com livros e teoria. Já no pessoal, Beth é órfã e deslocada do padrão na sociedade. Mesmo após ser adotada, sua característica reservada é exaltada e comparada com as demais garotas.
Mesclando o xadrez com a vida pessoal, você se apega com os personagens e desperta o interesse pelo esporte. Ver Beth começando quando criança e subindo aos poucos, enquanto cresce, até ter o título de campeã mundial. Até mesmo as disputas políticas estão presentes. Como a rivalidade da União Soviética com os EUA, machismo, racismo e o Socialismo/Comunismo como “desvirtues cristãs”. E apesar de parecer algo incrível, crianças prodígio no xadrez são até muito comuns.
“O Gambito da Rainha” alavancou o esporte e é uma das séries mais vistas da Netflix! Assistindo, lembrei da época de escola onde preferia jogar xadrez com o Guilherme, um colega daquela época, a ter que me juntar aos outros que jogavam os esportes com bola.
Muito bom.