Crítica: O Jogo da Imitação
“O Jogo da Imitação” é mais um belo trabalho de atuação de Benedict Cumberbatch que está disponível na Netflix. O filme também marcou presença no Oscar 2015, vencendo na categoria de Melhor Roteiro Adaptado.
O filme conta a história do brilhante matemático inglês Alan Turing, e seu papel fundamental para a Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial. Durante este período, os alemães utilizavam um código para a comunicação denominado “Enigma”, extremamente complexo e variável. Para desvendá-lo, a Inglaterra reuniu uma equipe de linguistas e matemáticos, a qual incluía Alan. Durante o processo, ele desenvolveu uma máquina que provavelmente você conhece bem, o computador. Além disso, o filme aborda, de forma sensível, descriminações sociais como o machismo e a homofobia, presentes no contexto histórico.
Para que Joan participasse da equipe, foram necessárias “articulações” para que os seus pais permitissem que ela trabalhasse no projeto. Ademais, a homossexualidade de Alan é demonstrada desde os primeiros minutos, com recortes sobre sua juventude, mas durante o projeto é mantida em segredo da equipe, por ser tratada como um crime na época. Dessa maneira, a direção ressalta a complexidade do trabalho envolvido, ao mesmo tempo que destaca as dificuldades enfrentadas e valores pessoais de cada personagem.
Ainda assim, os grandes feitos de Alan não o pouparam de um fim trágico devido a sua preferência sexual. “O Jogo da Imitação” permite uma boa compreensão histórica, e ainda destaca a busca, a luta por reconhecimento e aceitação de uma das mentes mais brilhantes do século passado.