Crítica: O Poço
“O Poço” é um filme da Netflix que atingiu um sucesso quase que imediato, infelizmente, pelo tempo atual, afinal ele diz muito sobre tudo!
Considerado por alguns como o novo “Parasita”, o longa traz um debate sobre a sociedade. E isso, deixo bem claro, é a mais aparente e simples das interpretações do filme. Mas se espera ter que dedicar um bom tempo vendo, fique aliviado. Todo o filme possui apenas uma hora e 40 minutos de duração.
Nele somos apresentados a uma prisão vertical que é apelidada de ‘O Poço“. Aqui, os prisioneiros ficam em duplas, cada dupla em um andar que, aparentemente e segundo a administração do lugar, eram 250 andares. Também é possível notar que a prisão é um experimento social e como qual temos aqueles que foram voluntariamente para o local. Esse é o caso do protagonista, que apenas queria se livrar do vício e ler ‘Don Quixote“. Uma observação, esse livro diz muito sobre o próprio filme, sendo quase uma atualização em vídeo da obra.
Mas voltando a estrutura da prisão. Pelo vão no centro dela desce um ‘elevador’ com a comida diária. Entretanto, não se tem um controle, o que faz com que quem está nos andares superiores coma sem que reste para os dos inferiores. Se por resistência, você ignorar a questão da divisão de classes e a crítica social, uma das personagens deixa isso bem claro, ao explicar que a comida daria para todos se comessem apenas o necessário!
Contudo, somos como o protagonista. Inicialmente ignoramos as coisas por mais que nos sejam óbvias. Depois, sofremos com a realidade, até que aceitamos como funciona. Mas, felizmente, mantemos as esperanças até que no final, é justamente a esperança que nos mantém enfrentando a realidade. Realmente, um filme bem reflexivo nessa quarentena!
Muito nojento, credo.
Muito bom. Mais tem um final confuso, tive que assistir o diretor explicando o final para entender exatamente oque aconteceu.