Crítica: O Príncipe da Pérsia
“O Príncipe da Pérsia“, da Disney, é um filme de 2010 inspirado em vídeo game, mas que sofre o mesmo que filmes de quadrinhos sofriam na época.
Temos que concordar que, geralmente, grandes aventuras épicas são o ponto forte da Disney. Logo, para adaptar esse jogo foi um tiro certeiro na escolha do estúdio. Uma aventura incrível, com cenários lindos e coreografias bastante convincentes. Porém, também perde a chance de uma proposta mais séria, sendo infantil em alguns aspectos. E esse é o maior retrato de como jogos, e outras coisas, eram vistas nessa década. Afinal, até a popularização dos filmes de heróis, vídeo games também eram “para criança”.
No início acompanhamos a invasão de uma cidade, no qual os invasores estão buscando por armas secretas que possam ser usadas e/ou vendidas. Entretanto, historicamente falando, essa sequência gera um paralelo ao Governo Estadunidense invadindo cidades. Afinal, as justificativas de armas secretas e potentes sempre eram usadas para tal. E, com certa frequência, nada era encontrado.
Recheado de efeitos especiais, a produção começa a se perder do meio para o final. A trama se torna arrastada e os personagens passam a ficar desinteressantes. Até mesmo o protagonista, que deixa de ser o foco de nosso interesse. Tudo isso resulta também no descontrole sobre os poderes da Adaga do Tempo. Ainda, com seu uso no final, nos perguntamos se não poderia se estender ainda mais um pouquinho. Afinal, se era contra a invasão da cidade, esse tempo provavelmente evitaria algumas mortes.
“O Príncipe da Pérsia” é, como um todo, um bom filme. Nada incrível, mas também não decepciona como adaptação.
Gostei muito, faz jus aos jogos