Crítica: O Príncipe Dragão – 4ª Temporada
“O Príncipe Dragão” retorna para sua 4ª temporada na Netflix após um hiato enorme que afeta e muito o expectador se situar na trama.
Um fato que não da para ignorar é a distância entre as temporadas. A terceira foi ao ar em 2019 e só agora, no final de 2022, temos a sequência. Com isso, nem mesmo o resumo que a própria Netflix disponibiliza é o suficiente para se encontrar na história. Porém, ainda piora, afinal materiais extras foram disponibilizados nas redes do projeto, que muitos podem não acompanhar. Assim, seu início é lento, já que é preciso explicar muitas coisas. Contudo, com uma temporada de 8 episódios, perder 2 é certamente um prejuízo.
Reencontramos todos, também com um salto temporal de 2 anos dentro da série. Erzam é o rei, mesmo jovem e isso reflete como seu governo funciona, mesclando coisas sérias com incrivelmente infantis. Contudo, isso tudo muda quando saem, pois ele volta a ser o mesmo.
Callum continua seus estudos de magia, enquanto supera a partida de Rayla. Já a elfa retorna, de uma jornada que é conhecida apenas por aqueles que procuraram pelo conteúdo extra. Dentre os vilões, Aaravos tem um destaque, mesmo aparecendo pouco. Cláudia tem um novo namorado, e seu humor de casal é digno de uma criança de 5 anos. A proposta de tornar tudo mais sério, elevando a faixa etária, na verdade é uma desculpa para colocar política no núcleo mais isolado da trama principal.
“O Príncipe Dragão” tinha uma proposta promissora, mas o decorrer da produção e as polêmicas de bastidores atrapalharam, e muito, o andar das coisas. Agora, cabe saber se vai conseguir se recuperar e seguir em frente, ou perder a relevância.