Crítica: O Resgate de Ruby
“O Resgate de Ruby” é um filme da Netflix que traz a história real de Daniel, um rapaz que adota uma cadela e a treina para polícia.
Daniel mora com sua esposa e filho pequeno. Perto dos 30 anos, ele está preocupado com sua última chance de entrar para o esquadrão K-9. Reprovado diversas vezes, ele tenta novamente, mas tem que arrumar um cão parceiro uma vez que os oficiais são caros demais para a academia arcar. É assim que Daniel conhece Ruby, uma cadela que já foi adotada e devolvida outras vezes, ao ponto de quase ser sacrificada.
Para Daniel, o filme é uma visão da cobrança que temos muitas vezes. De forma mais indireta, com o limite de idade para a candidatura. Já em aspecto geral, estamos acostumados a chegar próximo dos 30 anos e nos julgarmos por não estar no ápice da carreira e sucesso, ou muitas vezes sequer próximo disso. Quanto a Ruby, é a história do cão que encontra, depois de muitas tentativas, a família ideal que sabe como adaptar suas características a necessidade.
Contudo, o filme já foi considerado um “falso evangélico”. Mas aqui vai em uma falta de interpretação e/ou tentativa de atração de público. Afinal, dito em cena, e indiretamente, há uma suposição de fé e uma sugestão de que a coincidência seria a ação de um ser maior. Mas, mesmo baseado em fatos reais, a coincidência pode ser muito bem roteiro. Pois estamos falando de um recorte da experiência, não ela literal e temporal.
“O Resgate de Ruby” é tudo que um filme de cachorro tem de ser, fofo e comovente.