“O Sobrevivente quer Morrer no Final” é o livro mais recente da saga da Central da Morte. Mais um capítulo, mais uma história e, pela primeira vez, a saga começa a dar o tom do desgaste.

Os protagonistas dessa vez são Alano Rosa, o filho do empresário que deu vida a “Central da Morte” e Paz Dário, um aspirante a ator que já conhecemos, afinal é o garotinho que ao matar o pai , esteve bem presente no livro onde conhecemos Valentino e Orion, os primeiros cronologicamente. Sendo assim, um dos elogios sempre vai ser como, na maioria das vezes, esses personagens serem conectados não soa forçado, mas sim bem natural.

A abordagem atual nos conta a história de alguém que não quer viver seu último dia, mas que espera que ele chegue por conta de sua vida n ada simples. Essa perspectiva é nova não apenas pela mudança de visão, mas também por tornar o universo mais rico. Afinal, é triste saber que vai morrer, mas e como se sentem aqueles que sabem que não vão morrer?

Contudo, um novo romance faz soar repetitivo. Ao ponto que, dessa vez, os personagens não cativam tanto. Outro detalhe que me preocupa, pessoalmente, é a história levar para a resposta de como a empresa prevê a morte das pessoas. Afinal, pessoalmente, acho que nunca foi sobre esse mistério, mas sobre as história dentro do universo.

Dentre os personagens, Alano se torna o mais complicado. A sensação é de que a todo momento ele precisa de um “segredo” não revelado para ser relevante. A complexidade de ser o filho do criador e herdeiro da empresa, o cenário político estabelecido e a relação com Paz é o suficiente.

“O Sobrevivente quer Morrer no Final” continua, mas precisa se reencontrar.