Crítica: Orações Para Bobby
“Orações Para Bobby” é um filme baseado em uma história real, que mostra que os preconceitos de 1984 ainda estão presentes em 2020. Mas, apesar do nome de Bobby estar no título do filme, o longa acaba retratando bastante da mãe dele, na verdade. Afinal, tudo de certa forma girou em torno de sua imagem.
Podemos considerar que o filme é dividido em duas partes. Na primeira conhecemos Bobby e descobrimos junto com ele sua sexualidade e núcleo familiar. Dentro desse núcleo notamos a influência de Mary, sua mãe. À medida que cresce e se conhece melhor, Bobby, e consequentemente sua família, vão notando os detalhes até que mais tarde o garoto se assume. Mas, Mary é cristã devota e crê que com suas orações Deus irá “curar” o filho.
É crescendo nesse ambiente que Bobby começa a manifestar os primeiros sinais de depressão e outros transtornos. Infelizmente, esses traumas o seguem mesmo quando se distancia da família, o que resulta na sua decisão de se matar, se jogando de um viaduto aos 20 anos de idade.
É aqui que o protagonismo muda totalmente para Mary. Afinal, com o desfecho e a perda do filho ela começa a se questionar sobre si mesma, sua fé e o que ela prega. A partir disso, Bobby se torna um suporte para sua mãe que agora luta pelos direitos de pessoas LGBTQI+ a ponto de se tornar referência no meio. Hoje, na vida real, é reconhecida como uma das pessoas que mais lutaram e o filme veio para retomar esse debate.
“Orações Para Bobby” traz o tema do preconceito e dos dogmas religiosos de forma moderadamente leve, considerando os acontecimentos. Apesar de se passar em 1994 e ter sido lançado em 2009, envelhece bem e sabe-se lá quando deixará de ser atual.
Enrolado
Chato
Ruim.
Muita conversa.