Crítica: Rebelde – 2ª Temporada
“Rebelde” foi uma das primeiras séries do ano a sair na Netflix e ainda em 2022 nos entrega sua 2ª temporada.
Como era de se imaginar, a primeira temporada foi de estabilização dos núcleos e apresentação dos personagens. Contudo, o grupo que vimos se formar, logo é separado e principalmente por consequências das escolhas de cada um. Dentre as adições, os mais relevantes são Okane e Gus. Okane surge como uma ótima adição, com peso maior e se une ao grupo através de suas relações, especialmente com Luka. Já Gus é o novo professor que, se não fosse o roteiro, podia até ser considerado decente. Afinal, sua justificativa em diluir a banda visando carreira solo, dando exemplos como Harry Stiles e Beyoncé é, de certa forma, correta.
Além dessa trama principal de divisão, temos outras que são tocadas, mas nada além disso. MJ passa por um debate interno sobre gravidez, pílula e aborto, que seria interessante ver dado sua fé. Sebas quase tem seu arco, ou melhor tem, de redenção, mas tudo é esquecido. Dixon se torna um “rebelde” frente Gus, mas a ameaça de expulsão acontece em todos os episódios até que entendemos que a ameaça não vale de nada.
Jana tem a sextape, e fica só nisso. Estevan se torna insuportável! Também temos uma questão com drogas e alcoolismo. Mas como nada tem consequência, nada é aprofundado, tudo se torna absurdamente banal. Bebe, dirige, sofre um acidente e fica tudo bem. Até mesmo o lugar escondido, em que a banda poderia se reunir fora da escola, não é usado para a razão mais óbvia e lógica. Gus pode até não querer uma banda, mas o público quer!
“Rebelde” mostra que gravar a primeira e segunda temporada ao mesmo tempo é uma péssima ideia.