Crítica: Resistência
“Resistência” é um filme visualmente bonito, mas apenas isso, já que é um retalho de outros filmes. Isso deixa a experiência bem baixa, pois até os diálogos conseguimos completar sozinhos.
A tecnologia humana vai crescendo até que chegamos as Inteligências Artificiais. O caminho natural é, certamente, robôs. A evolução deles é mais óbvia ainda, robôs capazes de simular humanidade. Tão previsível quanto, os mais conservadores passam a atacar esses robôs e colocam a culpa de um acidente neles, dando início a uma caçada para exterminar essa parcela que agora faz parte da população. Contudo, por serem pacíficos e apenas se defenderem, há uma divisão política e mundial em torno do assunto. Porém, pode ficar tranquilo, essa última parte até o filme se esquece.
Como clichê pouco é ruim, no núcleo humano temos um grupo de rebeldes que ajudam as IA’s na luta. Claro que o protagonista seria um ex-militar, que de ex não tem nada, e está apenas infiltrado. Só que, com uma abordagem errada e a morte da esposa, que estava grávida, ele abandona essa vida até que tem uma última missão, uma última esperança. Caçar novamente o maior gênio por trás das IA’s, eliminá-lo e descobrir a verdade sobre a morte de sua família.
Aqui temos, definitivamente, um filme com potencial muito desperdiçado. Sinceramente, é a prova de que “nada se cria, tudo se copia”. Para aqueles que ficam agraciados por filmes com um visual impecável, é talvez o único público que eu recomendaria. Aos demais, mesmo os menos cinéfilos, vão conseguir pegar cada uma das surpresas nem um pouco surpreendentes que temos aqui.
“Resistência“, para o Futari, foi ficar até o final sem se questionar: “como um exército invade outra nação com uma nave espacial, dispara e fica por isso mesmo?”.