Crítica: Respira
“Respira” é a mais nova série médica da Netflix que reúne em seu elenco atores que ficaram famosos nas suas principais séries espanholas.
Biel é interno em um hospital público, e seu supervisor o melhor oncologista da Espanha. Numa realidade do sistema público, desde o início somos ambientados nas dificuldades e limitações que os profissionais tem para exercer seu trabalho. Um dia, após um acidente, Patrícia acaba sendo levada e atendida por Biel. Presidenta e amiga da família do rapaz, ao examinar Patrícia ele nota um caroço que, mais tarde descobrimos ser um câncer de mama. É assim conhecemos mais sobre Nestor, médico completamente oposto a todas as posições políticas de Patrícia. Mas, com a doença e a reputação do médico, os dois começam a se conhecer melhor numa dinâmica de amor e ódio. Enquanto isso, os demais profissionais se envolvem em relacionamentos, problemas familiares e questões que enriquecem toda a dinâmica do hospital.
Em pleno 2024, é impossível não ver uma série médica e não pensar onde está a diferença com nomes como “House” e “Grey’s Anatomy”. Ainda sim, “Respira” ganha um espaço ao debater a política e saúde pública de uma forma que, apesar do assunto levantado nas demais, não ganha um protagonismo. Aqui o lado político ganha protagonismo, sendo bem explorado.
Infelizmente, e imagino que isso se dá mais pela incerteza que a Netflix tem dado, o mesmo cuidado não existe com os personagens de apoio. Há, pelo menos, dois núcleos com acontecimentos importantes que ficam esquecidos, até que convenientemente, são lembrados.
“Respira” fundo que a série é promissora, “Respira” junto com a série que tem chances de pegar um fôlego e segui como outro sucesso.