Crítica: RRR (Revolta, Rebelião, Revolução)
“RRR (Revolta, Rebelião, Revolução)” é a Netflix trazendo um exemplo que filmes podem ter mais de três horas de duração e serem interessantes.
Komaram é um líder tribal que parte em resgate de uma garotinha de sua aldeia que foi “comprada” por colonizadores ingleses. Raju é um policial com bastante talento, mas que sempre vê sua promoção ignorada por ser nativo. Porém, Komaram se torna uma ameaça misteriosa e maior, fazendo de sua captura o prêmio que Raju precisa para subir em sua posição. Entretanto, nessa busca eles se conhecem e acabam formando uma amizade que pode acabar quando suas identidades forem reveladas.
Normalmente, esse resumo seria o filme enorme e cheio de “barriga” de Hollywood. Contudo, o mais incrível é que essa parte da trama é resolvida na primeira metade. Assim, a surpresa é inevitável. O filme é um musical, por mais que tenha muita ação. E tudo isso é feito com um estilo tão diferente do que somos bombardeados que essa ordem, em meio ao caos, se destaca ainda mais.
É, inclusive, por conta das músicas que ele entra na lista do Óscar 2023. Porém, vale lembrar que as indicações são decididas pelos estúdios e é por isso que ele não está entre os melhores filmes, seja internacional ou geral. O roteiro, estrutura e efeitos especiais chamam mais a atenção que muitas super produções.
“RRR (Revolta, Rebelião, Revolução)” nos revela mais sobre como o cinema, em cada lugar e com suas características, ainda pode surpreender. Surpreender mesmo com uma rota tão utilizada como a jornada dos heróis.