Crítica: Sorria
“Sorria“, da Paramont, mostra que o maior medo está em pequenas coisas e como ideias simples podem gerar grandes filmes.
Dra. Rose trabalha em um hospital com foco no atendimento psicológico. Por conta de seus traumas de infância e a rotina do trabalho, ela está acostumada com as mais variadas formas que seus pacientes podem chegar até seu consultório. Um dia, porém, uma jovem chega e ela está bem, mas alega ser perseguida por algo que se passava por outras pessoas. Logo no início sabemos que essa garota estava presente quando um homem se mata, testemunhando tudo. Contudo, no atendimento, ela fica mais estranha e se mata, dessa vez na frente de Rose. Se isso, normalmente, já seria traumático, tudo piora quando Rose passa a sofrer do mesmo mal que sua ex-paciente. Pesquisas e investigações são feitas, uma corrente descoberta e agora ela entende estar amaldiçoada.
Em tese, é uma ideia comum ter personagens assombrados. Mas o que torna tudo maior aqui é a capacidade de transformação, assim todos os personagens podem ser a assombração. Fora isso, ela sorri e apenas isso, um sorriso que dá medo, sendo uma expressão que vemos todos os dias. Ou, ao menos, gostaríamos de ver.
Com exceção do final, não temos grandes efeitos especiais. E esse detalhe torna o final pior, por mais que o visual da criatura seja bom. Até o momento no qual sua forma é referente a mãe de Rose, quando se torna mais demoníaco, chega a ser menos assustador.
“Sorria” sabe explorar o simples. A linha entre a realidade, uma ilusão da personagem ou a ação da entidade é tão tênue que tudo ganha uma tensão. Afinal, quando tudo é real, o que de fato não seria?