Crítica: Srº Meia Noite, Cuidado com os Monstros
“Srº Meia Noite, Cuidado com os Monstros” é um leve terror da Netflix que se destaca na forma que traz a cultura oriental.
Tyar, Ling, Nat e Zoe são amigos de escola. Um dia, Tyar começa a perceber que consegue ver coisas que os outros não conseguem. Com o tempo, além de ver, Tyar também desenvolve habilidades místicas. Por conta desses poderes, o grupo cria o Srº Meia Noite, um personagem que investiga e expões assuntos da cidade, mais focadas no sobrenatural. E, o que começou com uma diversão, se expande quando uma antiga criatura é libertada. Temos a participação de um magnata local na manipulação das eleições e segredos de família que vão sendo revelados.
A temporada é construída de forma leve, lenta, mas entrega tudo como promete. Apesar da continuidade de uma trama principal, também temos aqueles “vilões” da semana. Ainda sim, o ritmo incomoda no meio da série, já que faltou um equilíbrio entre os acontecimentos e as revelações ao final. E, uma crítica mais direcionada ao nosso idioma, por termos gênero, há um spoiler. Afinal, caso nossa língua tratasse de gêneros neutros, a revelação da entidade ser uma mulher ou um homem traria mais impacto.
Por ser uma produção voltada para o público infantil, temos que ignorar algumas questões relacionadas a simplicidade, falta de efeitos decentes e atuações duvidosas. Além disso, é uma série importada, que também limita o orçamento destinado para ela. Contudo é válida, até por trazer o aspecto do Youtube e, mesmo sendo sobrenatural, sabe lidar com a tecnologia e como adaptá-la em uma trama onde, normalmente, “ficam sem sinal”.
“Srº Meia Noite, Cuidado com os Monstros” é ousada ao deixar um final tão aberto, na expectativa de uma renovação que pode não vir.