Crítica: Assassino Por Acaso
“Assassino Por Acaso” é uma comédia mesclada com ação e romance da Diamond Filmes que põe o expectador na mesma montanha russa que os personagens.
Gary tem uma vida bem pacata, sem graça até. Para seus alunos e amigos, ele inclusive transmite esse ar de alguém bem chato. Ele da aula de psicologia na universidade e tem um trabalho extra com a polícia, em uma equipe que simula assassinatos de aluguel para prender quem tenta contratar o assassino. Contudo, após o policial que interpreta o assassino ser cancelado nas redes sociais e levar uma suspensão, Gary assume esse lugar. Por incrível que pareça ele vai muito bem no trabalho, até conhecer Maddy. Mas a dinâmica muda quando Gary aconselha ela a seguir por outro caminho, atrapalha a operação e passa a namorar Maddy. Porém, os amigos não sabem do namoro e ele fica com ela sendo Ron, seu personagem assassino.
O maior destaque do filme está em seu início e final. São os momentos onde os personagens estão interessantes e o humor acerta em cheio. O meio, entretanto, fica arrastado e a maior prejudicada é Maddy. A sensação que nos deixa, nesse momento, é que ela está ali para ser esse caso e praticamente para o protagonista ter com quem transar.
Porém, para além da comédia, o tema é bem interessante. Afinal, quantas personalidades não assumimos ao longo da vida? Quantas coisas ocultamos de determinadas pessoas por medo de sermos repreendidos ou até sofrer uma violência? Se somos personagens, quando somos nós mesmos?
“Assassino Por Acaso” te atrai pela comédia, mas quando você sai, pensa na personalidade que assume todos os dias, apenas para tentar ser feliz ou se adequar em determinado espaço.