Crítica: The Boys – 4ª Temporada
“The Boys” entrega uma temporada morna, mas que ao anunciar seu fim, mostra que a Amazon soube quando parar e até onde ir.
A série sempre foi conhecida pelo seu humor direto nas críticas sociais, mas que alguns ainda tem dificuldade de entender, e pela violência. Contudo, a história complementava isso com pontos interessantes que prendem nossa atenção em meio as loucuras. Em um universo onde essa loucura é natural, a semelhança com o nosso impressiona. Mas, a quarta temporada, entrega uma construção lenta onde a loucura do universo não disfarça a situação.
Ainda sim, temos aqui a Irmã Sábia como uma das mais alegres adições. Seu poder é ser a mais inteligente do mundo e, quando você é, realmente as coisas tendem a ser mais tedioso. Já dizemos que a ignorância é uma virtude, e de fato chega a ser. Afinal, quando você nota que a maior parte dos problemas não são nada além de um acontecimento baseado em idiotices e egoísmos, da preguiça de se estar em sociedade. É cobra comendo cobra, e quem sofre são os inocentes.
A forma como, desde o início ela manipula a narrativa é incrível. Pequenas tensões, frases ditas e peças movimentadas. A temporada acabou sendo, para mim, a oportunidade de tentar entender onde ela queria chegar, e os demais apenas seguiam de forma consciente ou não. Somando essa adição a estagnação dos demais, apenas Bruto tem seu arco de redenção…ou não.
“The Boys” chega em um momento onde evidencia que está na hora de parar. Parar no topo, enquanto as derivadas conseguem explorar o universo sem depender da trama e personagens da principal.