Crítica: Tudo é Possível
“Tudo é Possível” é um passo da Amazon para um futuro feliz com os romances, ainda mais por ter um final bem maduro.
Kelsa é uma adolescente trans que está trilhando seu caminho, enfrentando o final do ensino médio e a ansiedade de ter que ir para um local novo e desconhecido. Mesmo que seu momento atual esteja longe do ideal, é um porto seguro que ela sabe lidar. Junto dela, temos suas duas melhores amigas e sua mãe. Porém, Khal começa a se aproximar e aos poucos eles se apaixonam. Sendo assim, o último ano faz com que ela se conheça muito mais e também repense alguns aspectos de sua vida.
É muito bom ver como que, apesar de um assunto na narrativa, Kelsa ser trans é um aspecto num todo e não o foco da trama. É uma comédia romântica, vivida por adolescentes na escola e com uma temática mais direcionada.
Assumir um relacionamento, expor sua realidade para os outros ou até mesmo a decisão do que fazer após um momento em que se deve decidir seu futuro. Esses são pontos presentes no filme que são vividos por todos, só ganham uma escala maior dada a realidade de Kelsa. Inclusive, a decisão final é uma decisão muito madura, que nem sempre é retratada, mas que certamente é tomada com mais frequência.
“Tudo é Possível” pode não ser um filme incrível, mas é incrivelmente necessário. É um filme que traz as sensações dos romances adolescentes, mas também sabe ser bem pé no chão para não ficar sempre na fantasia.