Crítica: Um Filme Minecraft
“Um filme Minecraft” é, agora, um dos maiores sucessos da Warner desse ano. Mas, para nós, como o filme se sai no aspecto crítico?
Quando foi anunciado que Minecraft viraria um filme, as expectativas iniciais eram divididas: mais uma adaptação de videogame fadada ao fracasso, ou quem sabe, a chance de entrar no seleto grupo de projetos que realmente deram certo. E agora que o filme chegou, o resultado é simples: para quem conhece a mitologia do jogo, é um prato cheio de fan service. O filme encanta com efeitos práticos e visuais que mostram como um mundo feito de blocos pode ganhar vida na tela — das construções aos alimentos e personagens clássicos do game.
Já para quem não é familiarizado, o filme funciona bem como uma comédia no estilo Jumanji. É engraçado, leve e divertido, especialmente por causa de Jack Black, que interpreta, basicamente, ele mesmo — com seu humor físico característico e talento musical que já vimos em Tenacious D, entregando cenas musicais que tornam a experiência ainda mais imersiva.
Jason Momoa também surpreende em sua “estreia” na comédia, interpretando um personagem durão com uma mentalidade infantil que arranca boas risadas. O elenco de apoio, ainda que menos conhecido, também se sai bem dentro da proposta do filme — embora nem todos brilhem igualmente. As personagens femininas, por exemplo, acabam um pouco apagadas, o que é um ponto fraco do roteiro.
Falando nele, o roteiro não é exatamente criativo, mas como mencionei, o destaque está mesmo no visual e na fidelidade à mitologia do jogo. Para os fãs, é quase um “Vingadores” dos games atuais (só falta o filme do Roblox agora!). Para o restante do público, é um ótimo “filme pipoca” para curtir no fim de semana.
Texto original por Filipe Machado, adaptação por Frednunes