Crítica: Virei Vampira – 2ª Temporada
“Virei Vampira” entrega sua segunda temporada apostando mais no amadurecimento dos personagens e seus futuros desafios.
Após as descobertas, e muitas, da primeira temporada, aqui temos uma trama mais contida. O foco está na adaptação de cada um ao ensino médio, além de um aprofundamento maior nas regras do universo mágico. É aqui, então, que descobrimos que há uma profecia que menciona diretamente Carmie. Contudo, como toda boa profecia, há um espaço duplo de interpretação. Carmie pode ser a híbrida que irá unir o mundo mágico com os humanos, ou como temem, aquela que irá liderar todos em uma guerra e destruição.
Ainda sim, por ser uma produção infanto-juvenil, os assuntos parecem ser interrompidos no meio. Eles avançam ao ponto de entendimento, mas os desdobramentos deixam a desejar. A proposta de preconceito em relação ao mundo mítico, o triangulo amoroso e até o afastamento de Carmie, Keve Dylan.
O ritmo muda bastante nos episódios finais. A calma que o roteiro toma para desenvolver, quase esquecendo a urgência e focando nos dramas estudantis, dão lugar a uma dinâmica de descoberta e batalha. Para aqueles que se sentiram satisfeitos com os efeitos na primeira temporada, podem ficar felizes, mas não esperem uma melhora. Porém, são tais pontos que também fazem com que a série se perca em determinados momentos. Talvez, na tentativa de atrair um público novo, e mais novo, esses momentos ficam mais “bobinhos”.
“Virei Vampira“, da Netflix, se mantém promissora dentro de seu nicho. Tanto os principais, quanto os secundários, estão participando de núcleos que convergem, mas trabalham cada um de uma forma única.