Crítica: Wandinha
“Wandinha” é uma série teen, sobrenatural da Netflix e você tem que ter isso em mente quando for assistir, não adianta.
A Família Addams está entre os mais famosos grupos familiares da cultura pop. Com a estética gótica, a família “fora do normal” que constantemente escancara as contradições dos “normais”, sem perder sua identidade e sendo eles mesmo, foi uma demonstração de que dá para se viver sendo quem é. Por isso, diferentes gerações tiveram sua versão Addams e agora é a vez da atual.
Wandinha começa a ter problemas nas escolas padrões por conta de sua peculiaridades e defender seu irmão dos valentões. Para tentar ajudar, seus pais a mandam para Nevermore, uma escola onde os excluídos podem se encaixar. Acontece que os excluídos são, na sua maioria, seres do sobrenatural. Na escola, ela descobre que está presente em uma profecia, investiga um mistério e faz seus amigos.
Bom pelo resumo já da para notar que a estética Addams está um pouco ausente. Eles respeitam as referências, o estilo gótico, mas a série se tornou bem teen. Romances, assassinatos, aventuras e amizades. Contudo, não é algo negativo, apenas diferente. É colocar a personagem num papel mais voltado ao público pré adolescente, com a descoberta de quem é e como responder as expectativas da família e dos outros. Bem divertida, o humor é dosado. O mistério, entretanto, não chega a ser dos mais difíceis de se entender. Sendo bem óbvio na verdade, ao menos boa parte dele.
“Wandinha” agrada, mas também é compreensiva a indignação dos fãs mais apegados as adaptações dos anos 60 e 90. Infelizmente, a mensagem do “pode ser diferente e tudo bem”, se perde quando é preciso inserir a personagem em um local onde ela não seria diferente e aproximá-la dos maiores padrões possíveis.
Todo mundo só fala disso kkk