Crítica: Xógum – A Gloriosa Saga do Japão
“Xógum – A Gloriosa Saga do Japão” é o mais novo sucesso do Star+, sendo comparada com outro grande evento da televisão.
No Japão dos anos 1600, um navegador chega a sua costa que para muitos sequer tinha uma população que podia ser considerada “civilizada”. Após acontecimentos históricos, sabemos que o mundo é dividido pelos europeus com base em absolutamente nenhuma autoridade. Sendo assim, o Japão “era de” Portugal e os primeiros que chegam são aqueles que vinham “evangelizar’. Essa metástase já encontrava conflitos na Europa, onde uma fissão da fé da início a uma guerra. É assim que Blackthorne chega, vendo nos católicos seus inimigos e razão de sua guerra. Mas quando chega lá, vê um mundo completamente diferente. Aos poucos, ganha pontos com Toranaga e acumula amigos e inimigos. Sendo uma peça importante para sua empreitada. Ou não.
O mais completo ao se assistir a série está também na divisão dentre aqueles que sabem da cultura japonesa e os que não. E por cultura, atrevo a dizer, não considere seu amigo viciado em Naruto e One Piece. Quando se diz que a produção é repleta de traições e mentiras, não consegui ver dessa forma. Afinal, muito do japonês está nas entrelinhas. Nada que é dito, é claro. É tudo uma indireta com classe e poesia.
Tudo que é dito, é feito. Mas nem tudo que é feito, está literalmente dito. Ainda mais em um ambiente político, não há aliados. Há apenas peças de um tabuleiro, que se movem pela vontade de seu senhor. Tanto que, ao final, o maior vem daquele que é despercebido, apesar da clara importância. E o protagonismo, nada mais foi que um bobo da corte para distrair os descuidados.
“Xógum – A Gloriosa Saga do Japão” oferece menos, se você sabe demais.