Crítica: Entrevista com o Vampiro
“Entrevista com o Vampiro” é uma série que está sendo distribuída pela Amazon que traz um tom mais fiel a história que sua adaptação para o cinema.
Louis é um homem preto que nos EUA da década de 20 tenta ganhar a vida da única forma que ele consegue a ilusão de ser respeitado, gerenciano bordéis. Uma noite, ele se encontra com Lestat, um elegante francês que esta conversando com a mulher que é sua confidente e suposta amante. Afinal, se já não fosse suficiente sua situação, Louis ainda esconde sua preferência por homens, mas isso muda com Lestat. O homem o encanta, de diferentes formas, afinal é um vampiro e pela relação, Louis se transforma. Essa história já foi contada em uma entrevista com Daniel, mas ele é chamado de novo quando Louis quer contar tudo novamente, sobre outra perspectiva. Assim, de memória em memória, conhecemos uma relação conturbada e cheia de falsas impressões.
Apesar de sua exibição original ter sido em 2022, a série só chega esse ano no Brasil. Além disso, ela já uma nova adaptação do conto que, em sua exibição nos cinemas da década de 1990, pouco ou nada evidencia a relação amorosa entre os dois homens. Sendo ate. para muitos, não considerado um filme lgbt.
Com essa versão, a série vai muito alem nos debates propostos. Temos as questões raciais, evidenciadas pelo contento temporal. O “submundo” e corrupção que gira entre o legal e o ilegal. Mas, para além, a relação abusiva dos dois, que se torna algo além quando Claudia se une. Uma garota tranformada para ser a filha do casal e salvar a relação. Uma situação que vemos na realidade, com muitos.
“Entrevista com o Vampiro” se torna mais pé no chão, deixa claras as intenções e se expande.