Crítica: Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado
“Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado” é a continuação natural daquele que foi um dos maiores sucessos da Fox, mas deixa uma sensação mista.
Mulher Invisível, Tocha Humana, Senhor Fantástico e Coisa são, juntos, o Quarteto Fantástico e aqui já estão estabelecidos como uma equipe. Junto dos poderes, veio uma fama que, atualmente, está atrapalhando a vida pessoal deles, principalmente nas tentativas de uma cerimônia de casamento de Sue e Reed. Enquanto ele está viciado no trabalho, ela já pensa numa pausa para ter uma vida mais simples. Infelizmente o surgimento de um ser faz a certeza de que esses planos serão adiados por tempo indeterminado.
Em relação às qualidades técnicas e efeitos, o filme mantém a qualidade do anterior. Mas o mesmo não pode ser dito da história. É engraçado como, agora, por mais que tentamos nos conectar com a trama, não nos importamos com eles. Talvez, apenas Ben foge dessa questão em seu arco pessoal, que tem uma carga dramática com uma qualidade maior do que qualquer um dos demais personagens.
O grande elefante na sala é a descaracterização de Galactus, o devorador de planetas. Mas aqui cabe o adendo de que, apesar de inspirado, filme e quadrinhos são mídias diferentes. Ainda sim, há um excesso. A grande ameaça, de fato não é. Afinal, ela tem de ceder espaço para volta de Victor, desnecessária. E, de tudo isso, restam perguntas. Por qual motivo Galactus devora planetas? Como Victor não absorve os poderes? Se o Surfista perdeu tudo e Galactus apenas destrói, ele está tentando ajudar? Se sim, para que?
“Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado” se torna mais fraco que o primeiro filme. Ironicamente, se considerar que no início se fala muito sobre a celebridade que os heróis se tornaram, hoje ele se torna uma profecia.