Crítica: InuYasha
“InuYasha” é um dos animes que cresci vendo, mas que não vi o final, até que a Netlfix adicionou o arco em seu catálogo.
InuYasha é um meio youkai, filho de um dos youkais mais poderosos e uma mulher humana. No passado, apaixonado por Kikyou, uma sacerdotisa, ele acaba selado quando os dois são enganados por Naraku, o grande vilão da série. Contudo, quando nos tempos atuais Kagome entra em um poço e volta no tempo, ele é libertado. Tudo isso ocorre por conta de uma joia chamada “Joia de Quatro Almas”, capaz de realizar desejos e dar muito poder aos youkais. Entretanto, Kagome acaba por fragmentar a joia e a jornada deles ao longo dos episódios e ir atrás desses fragmentos. E, em meio as aventuras, temos novos personagens e a criação de laços como amizades e romances.
Uma das coisas mais interessantes em ver esse arco final hoje está em ver a evolução da narrativa dos animes, e de séries também. Se antes tínhamos temporadas com mais de 20 episódios, onde a história era contada de uma forma desacelerada, hoje me surpreende como que com 13 episódios focados, muita coisa é desinteressante e rasa.
Tem uma história norte que se prolonga por anos, mas que sabe dar espaço para outras pequenas tramas. Assistir novamente esse anime e ver seu final me deu uma sensação nostálgica, ao mesmo tempo que reflexiva. É uma evolução aos poucos, mas natural. Os acontecimentos tem consequências que se estendem e não são só uma muleta para frear as coisas. Os personagens não são tão profundos quanto poderiam, mas também é um reflexo de seu público alvo.
“InuYasha” tem viagem no tempo, mas nos viajamos junto. E, como no final, a vontade é de ficar no passado. Kagome à frente do seu tempo.