Crítica: O Senador
“O Senador” é um filme nacional de mistério onde um político de direita é morto e na investigação sua vida pessoal vai se revelando bem diferente do que ele tentava pregar.
Arthur é um Senador que chegou ao seu cargo por um partido de extrema Direita. Casado, suas pautas sempre estão relacionadas as clássicas da família tradicional brasileira. Rennan é um jovem que acaba se aproximando de Arthur até que se envolvem. Assim, o senador mostra que na sua vida pessoa ele é o completo oposto do que prega. Afinal, mantém uma relação com um jovem do mesmo sexo, traindo sua esposa, seus bons costumes e evidenciando que nada importa, contando que ele esteja no poder. Seja político ou na relação. Tudo fica pior quando Victor, um jornalista, começa a investigar Arthur ao mesmo tempo que conhece Rennan, fazendo do seu trabalho bem mais pessoal. Juntos, então, eles se tornam os principais suspeitos quando Arthur aparece morto.
Seja qual for o seu lado político, a verdade simples é que seu político de estimação é bem diferente de seu discurso. Isso já é bem conhecido. Mas os tempos atuais também popularizou os assuntos relacionados aos “jobs” e “suggars”, que também estão presentes nesse mundo, mas antes era tudo bem menos escondido.
Ver em tela uma relação de abuso revela uma cruel realidade. Contudo, entre as cenas se romance e as discursões, o mistério se torna ainda menos interessante. Principalmente ao final, com um plot que soa forçado, tendo em vista as atitudes de todos os personagens. Afinal, ele depende de uma descoberta que, a menos que tenha perdido algo, é inconsistente.
“O Senador“, inconscientemente, nos traz um mistério onde tudo é previsível e o plot impossível.