Crítica: A Primeira Vez – 2ª Temporada
“A Primeira Vez” retorna para mais uma temporada na Netflix, mas em um momento onde tudo é “WOKE” e, provavelmente, quem acusa não viu a primeira temporada.
Em sua primeira temporada, a série se destaco ao unir os dramas dos jovens a uma didática bem feita sobre temas que hoje são o “WOKE”. Vindos principalmente de Eva, assuntos como direitos iguais, trabalhistas, vida afetiva e outros tabus sociais eram discutidos enquanto ela, em casa episódio, citava ou lia alguns livros para seus amigos. Naturalmente, enquanto uns apoiavam, outros não. Mas na segunda temporada isso mudou? Na verdade, não. A segunda temporada em nada se destaca ou difere da primeira, mas agora ela ganha esse debate pelo tempo presente.
A trama jovem da sequência aos temas deixados ao final da primeira temporada. Camilo assume a paternidade com Luísa, um assunto que dura toda a temporada. Afinal é com ela que muitas coisas ganham força, como a diferença entre os pais de Camilo, aborto, responsabilidade, o papel da mulher naquele tempo e gravidez na adolescência.
E, com isso, retornamos ao início do texto. Para uma série que se passa na década de 70, na Colômbia, não são assuntos pertinentes aos movimentos civis e jovens da época? Algo que até a série explica, em uma sequencia de passagem do tempo que mastiga para o expectador todo o contexto. No final, parece que os executivos estão certos ao julgar os expectadores da Netlfix como grandes idiotas.
“A Primeira Vez” se mantém, mas também entrega um final condizente com o final de uma série. E, assim, mais uma vez ela mostra sua consciência.