Crítica: Espíritos na Escola – 2ª Temporada
“Espíritos na Escola” entrega sua segunda temporada no Paramont+, surpreendendo a todos que até consideravam que ela foi cancelada.
O tempo de espera e sem notícias, inclusive com o cancelamento noticiado, a segunda temporada é bem sólida. Partimos exatamente do ponto onde a temporada anterior parou. Mas, enquanto a segunda temporada tende a ser uma temporada para estabelecer enredos, a série entrega respostas importantes, talvez até pelo receio de um real cancelamento. Aqui vemos menos do “elenco morto”, apesar de ser bem mais profundo que antes. E, em contrapartida, o “elenco vivo” ganha mais espaço e protagonismo.
Sinto que a temporada, como um todo, tenta amadurecer mais os enredos para apostar numa evolução e outro público. Claro, na primeira temos o alcoolismo e todos os problemas, mas eles ficavam apagados pelo triangulo amoroso e os clássicos teens. Contudo, agora, além de abandono temos as “cicatrizes” trazendo os traumas dos jovens mortos que envolvem desde abuso, culpa, arrependimentos e a falta da expectativa de uma vida de sucesso.
O mistério sobre o professor Martin e Janet é, praticamente, todo respondido. Os personagens, mesmo que ainda com finais que podem estar abertos, encontram algo que lhe faltavam. E, se isso ajuda na fazer a passagem ao enfrentar seus traumas, é natural de que agora isso não seja mais um desafio. Afinal, de certa forma, vemos que ao menos dois já sabem qual a sua resposta. Contudo, seu futuro incerto é também algo que me traz receios. Pois, de certa forma, a dinâmica parece apenas ser invertida.
“Espíritos na Escola” é uma das séries que eu, genuinamente, fiquei triste com seu ‘cancelamento”. Contudo, agora, sinto que ela entregou seu desfecho e o final aberto é mais um risco do que uma oportunidade.