Crítica: Super Drags
“Super Drags” é uma série animada da Netflix feita para adultos. Com 5 episódios de 25 minutos cada, mesmo curta, deu o que falar.
A série foi feita por brasileiros e por isso é uma diversão a parte procurar easter eggs e pegar as referências. As protagonistas são três drags: Lemon Chiffon, é a mais inteligente a age como a líder; Scarlet Carmesim, que é a mais desbocada; e Safira Cyan, é uma otaku super bombada e incrivelmente sensível. Certamente você pode ter notado as semelhanças com “AS Meninas Super Poderosas” e “Três Espiãs Demais”. Outros desenhos e animes aparecem durante os episódios, como Naruto e Pokémon.
As heroínas lutam para evitar que o Highlight seja roubado das gays e usado pela drag vilã. E é só isso mesmo, essa trama é bem simples e curta, mas funciona. Essa vilã depois é apresentada como sendo o chefe da loja onde as drags trabalham, o Sr. Gozo, uma clara analogia ao Presidente Bozo. Entretanto, ao menos para mim, o excesso de piadas sexuais +18 e trocadilhos com sexo e afins, é prejudicial e deixa menos interessante. Mas, deixando claro, entendo que aqui é muito pelo meu perfil.
Abraçando o mundo LGBTQI+, muito desse ambiente é utilizado. Temos personalidades dublando as personagens. Por exemplo, Pabllo Vittar no Brasil e Shangela nos EUA, uma famosa drag que participou de “Ru Paul’s Drag Race”, que também inspirou a personagem Goldiva. Temos muitos memes brasileiros, como a Grávida de Taubaté. E influenciadores e personalidades do Youtube como o casal da “Diva Depressão” e Maíra Medeiros.
“Super Drags” ainda não dá sinal de ter uma temporada nova. Mas, apesar do gancho para que ela acontecesse, a história termina satisfatoriamente. Porém, ainda defendo uma diminuição das piadas e dos pênis em tela.
Ruim.
Exagerada.
Diferente.