Crítica: Milk – A Voz da Igualdade
“Milk: A Voz da Igualdade”, da Universal, retrata a vida e as conquistas de Harvey Milk, que foi nada menos do que o primeiro gay a ser eleito em um cargo político nos Estados Unidos.
O filme começa mostrando a atitude de Milk de largar sua vida em Nova York, e sua chegada em São Francisco ao lado de Scott, um jovem rapaz que o motivou a isso. Mas nem tudo era o que parecia. Após montar sua pequena lojinha de revelações fotográficas na Rua Castro, não encontrou um ambiente tão receptivo quanto imaginava. E assim o filme retrata toda sua história de militância, dificuldades, conflitos pessoais e sua representatividade política na conquista de direitos para comunidade LGBTQI+.
O filme não é só bem-sucedido em retratar a verdadeira vida de Harvey Milk, mas também é um impressionante relato político. Podemos observar isso no equilíbrio do roteiro e na mensagem passada a sociedade com cenas alternadas entre vida pessoal e vida política. Assim, o roteiro entrega aquilo que é velado na sociedade com algumas cenas ousadas, mas de forma natural.
Outro ponto importante é o desfecho do filme, no qual mostra a motivação mais perversa do ser humano representada pelo supervisor novato, o religioso Dan White. Que movido por preconceito, inseguranças e ganância pelo que representa como correto na sociedade da época, se torna um empecilho na luta de Milk.
“Milk: A Voz da Igualdade” foi um sucesso na época e indicado em 8 categorias do Oscar 2009. Presente nas principais delas, como Filme, Direção, Ator, Ator Coadjuvante e Roteiro Original, vencendo as categorias de Ator e Roteiro Original.
Só pelas indicações de oscar já dá pra imaginar a qualidade
Muita conversa.
Geralmente todos os filmes baseados em fatos reais é bom, mais esse em particular precisa ter muita paciência para conseguir assistir.