Crítica: Beira – Mar
“Beira – Mar” é um filme nacional que retrata a adolescência/juventude sem trazer o clima de pop, mas sim uma proposta mais séria.
O filme mostra a viagem de Martim e Tomaz, dois jovens que vão ao litoral para resolver uma pendência relacionada a uma herança. Apesar disso, a viagem não é cheia de momentos chave escandalosos ou atrativos. Pelo contrário, a relação dos dois costuma ganhar destaque e reconhecimento justamente nos acontecimentos mais calmos. Assim, a troca de palavras é substituída pela troca de olhares entre eles. Infelizmente, essa profundidade também causa a impressão de que nada acontece. E até mesmo chega a ser frustante caso você fique na expectativa de um grande drama clássico entre os dois ou uma cena bem impactante quando eles cedem.
Muitas das informações são escondida do público, propositalmente. De novo, na intensão de que o espectador descubra por si só, estando atento as pequenas coisas, mas ao escolher esse caminho o filme deixa de ter um clima agradável e quase nos faz sentir que estamos tendo uma aula.
Porém, não é aquela aula que o professor conduz estando ciente que ficaremos desfocados e, por isso, faz movimentos ou questionamentos para que nossa atenção volte a estar direcionada a ele. Pelo contrário, é aquela aula que, apesar do tema interessante, é impossível que não nos encontremos naquela luta entre responder o celular e continuar focado. O mesmo ocorre durante o filme, ele está rodando, porém estamos dividindo a atenção. E, sejamos sinceros, nessa batalha pela atenção o celular SEMPRE vence!
“Beira – Mar“, é para ser visto com calma e atento aos detalhes, dando importância as pequenas coisas e reconhecendo os valores de cada mínima demostração de afeto. Infelizmente, nem sempre estamos dispostos a isso, por melhor que tenha sido nosso dia.
Vale a pena
Legal
interessante.