Crítica: Enola Holmes
“Enola Holmes” é um filme da Netflix que vem mostrando a capacidade da plataforma em competir com as grandes produtoras.
Mesmo que você não conheça a personagem, seu sobrenome é memorável. Enola é a irmã mais nova de Sherlock, o mais famosos detetive da literatura. Logo, o filme conta uma história com vários mistérios e deduções, mas protagonizado pela garota. Porém, uma das maiores qualidades da adaptação é o clima e a forma com que o filme conta sua história. Principalmente, pela capacidade de Enola em quebrar a quarta parede e se dirigir diretamente a nós, como em uma conversa. Estratégia excelente, já que assim ela não precisa deixar claro a um personagem aleatório o que deduz, apenas nos conta como “amigo de jornada”.
Enola é ‘alone‘, se lido ao contrário. Característica que define a personagem por parte dos filmes, uma vez que ela se sente solitária e realmente tem que ser. A garota viveu com a mãe após a morte do pai e a partida de seus irmãos, mas os reencontra quando sua mãe desaparece. Com esse fato, muito sobre a garota também é revelado aos demais membros da família, já que pensavam que sua criação era como “deveria ser”.
Apesar da recusa dos irmãos em procurar pela mãe, a garota resolve contrariar os dois e a busca por si mesma. É nessa jornada que Enola se depara com o Marquês Tewksbury, um rapaz que também foge de sua família. Acontece que ele também tem seu próprio mistério que acaba se misturando a jornada de Enola e se revelando parte de seu próprio.
“Enola Holmes” não traz grandes novidades, mas ao mesmo tempo se torna único em sua abordagem dos contos de Sherlock, agora coadjuvante. É uma experiência gostosa e divertida mesmo com suas duas horas de duração.
Interessante.