Crítica: Special – 2ª Temporada
“Special” chegou na Netflix para sua segunda e última temporada. Mas apesar dos temas e clima, por que durou tão pouco?
Já escrevi sobre a primeira temporada da série, mas recapitulando brevemente. A série acompanha a vida de um jovem, Ryan, que por complicações em seu nascimento, teve uma paralisia cerebral. Ainda que seja leve, fato que é bastante dito na série, ele é desmerecido e invisível para sociedade. Além disso, ele também é um homem gay. Entretanto, as coisas mudam um pouco quando um texto dele, sobre sua vida, postado no blog que consegue emprego, torna sua deficiência o maior impulsionador de sua vida pessoal e profissional.
Mas na segunda temporada, abandonamos um pouco o enredo onde ele se dispõe a viver mais e vemos as consequências e sua atual rotina. Inclusive, até mesmo com romances e relações sexuais com homens diferentes. Curiosamente, a série aborta o tema de fetiche, quando Ryan encontra um homem que se atrai por ele justamente por ser deficiente e ter marcas na pele.
Diferente também, temos a introdução de um grupo no qual Ryan fala mais abertamente de suas limitações e de como a sociedade vê suas conquistas como exemplos de superação. E abre o debate de quantos casos assim temos em nossas vidas? Afinal, sempre conhecemos quem passa por dificuldades e nós pensamos “que incrível você ter isso e parecer normal”, normal ou menos aparente. Foi uma ideia bastante interessante da série ao abordar esses temas fora do universo gay, mesmo Ryan sendo abertamente gay. Até mesmo com a introdução de Tanner, namorado de Ryan, que faz o papel do homem hétero das tramas gays.
“Special” é uma série curta de temporada e duração dos episódios. Infelizmente e talvez até mesmo menos temas, não tenha vingado.
Ruim