Crítica: A Garota Dinamarquesa
“A Garota Dinamarquesa” é um filme da Universal que rendeu o prêmio de melhor atriz coadjuvante no Oscar de 2016, para Alice Vikander.
O filme se inspira na vida das pintoras Gerda e Lili, uma das primeiras pessoas a se submeter a uma cirurgia de mudança de sexo. Inicialmente, a conhecemos como Einar Wegener, um pintor dinamarquês da década de trinta. Assim, acompanhamos a vida dos amantes, mas Einer busca, aos poucos, assumir sua identidade feminina e isso gera alguns conflitos com sua parceira. A partir disso, o filme se torna bastante introspectivo, com poucos diálogos, notamos os sentimentos da personagem através de suas pequenas atitudes.
Seja com um simples toque em um vestido ou ao se olhar no espelho, os olhares do ator dizem por si só. Aparentemente o “gatilho” para sua autodescoberta parte da própria Gerda, que pede para o marido se caracterizar e posar para sua pintura. Mas ela percebe que para Einar não era somente uma simples transformação, e que só terminaria quando Einar conseguisse fazer sua cirurgia.
Aqui, temos um trabalho marcado principalmente por suas atuações, já que o foco é o drama sentimental dos personagens, isso fica muito bem representado. Mas mesmo com esse destaque, o filme desperdiça a oportunidade de um melhor desenvolvimento dos personagens. Já que durante toda sua extensão o drama parece bater sempre na mesma tecla, mesmo com vários temas possíveis para se explorar.
“A Garota Dinamarquesa” desperdiça algumas oportunidades, mas é marcado, de fato, por suas grandes atuações!
bom