Crítica: Quem Vai Ficar Com Mário
“Quem Vai Ficar Com Mário” é uma comédia nacional que chegou a ser exibida nos cinemas, mas com baixa divulgação por conta da pandemia de COVID-19.
Mário tem 30 anos e saiu de sua cidade natal para estudar administração. Entretanto, acabou escolhendo uma carreira artística e se assumiu gay. Porém, quando tem de voltar para casa e preparado para contar ao seu pai, seu irmão passa a frente. Com a notícia o pai quase morre e Mário se vê mantendo a imagem. Mas quando seu namorado e amigos chegam a cidade, ele fica entre seu passado e o recém descoberto sentimento por Ana, uma coach contratada para atuar na empresa da família.
Infelizmente pela sinopse e trailer, toda a trama e as pequenas surpresas são entregues. O debate que poderia surgir com o turbilhão emocional de Mário acaba se perdendo por ser uma comédia. E até mesmo no gênero, as piadas não chegam a ser as melhores. Inclusive, repetindo a clássica que é feita com o nome do protagonista.
Por outro lado, o mais interessante no filme é a abordagem no ambiente empresarial. Ana é contratada como especialista, mas não é ouvida por ser mulher. Pela mesma razão, a irmã de Mário não é cogitada para assumir os negócios, mesmo sendo a única interessada. Também temos, apesar da boa intenção, uma exemplificação do “pink money“. Que é quando empresas levantam bandeiras e produtos voltados ao público LGBTQIA+.
“Quem Vai Ficar Com Mário” é distribuído pela Paris Filmes e um exclusivo da Amazon Prime. O filme tem um começo rápido, mas aos poucos vai introduzindo temas que nem sempre vemos em produções nacionais. Entretanto, ainda sim é apagado por outras comédias temáticas por se saírem melhor no gênero.
perda de tempo assistir